segunda-feira, dezembro 25, 2006

Fortuna


A leitora Lorena Vaz indaga : ´´Mefisto, como uma pessoa pode crer de verdade que não pode ser feliz sem dinheiro, e que artistas, músicos, escritores, são todos vagabundos desligados da vida?´´ Mefisto dá uma sonora gargalhada e entre risos explica :

´ O dinheiro deve ser encarado na mesma perspectiva tal como se usa talheres para comer, isto é, o vil metal é instrumento por excelência para se obter meios materiais de suprir as próprias necessidades. Agora se é bem verdade que uma faca pode ser usada como talher ou diversamente como uma arma também o dinheiro em essência não é algo ´bom´ ou ´mau´, talvez o seu uso é que sim pode ao final render bons ou maus propósitos .

Se ter dinheiro ou não conduz a felicidade? Realmente não resta-me dúvida na mente que é bem melhor curtir uma fossa sentado numa espreguiçadeira à beira de uma piscina numa mansão povoada de empregados preparados a cumprir qualquer capricho meu do que passando fome e frio debaixo de uma ponte.

A questão seria não se o dinheiro traz felicidade, mas sim o que ela significa para você? Ao meu ver a ´felicidade ´não passa de um entorpecente natural dos sentidos e como tal só serve para ludibriar os sentidos que no processo ao final nos torna fracos, frágeis e dependentes.

Claro que falo daquela sensação de euforia que sentimos quando estamos genericamente ´felizes´ ( ou diria melhor ´satisfeitos´ com a situação ) e não bem da ´Felicidade ´ com todo esplendor que uma letra maiúscula no inicio de uma palavra pode querer representar. Sim, por que esta ´Felicidade´ está só alcance de poucos que encontram-se dispostos a descer ao mais profundos dos infernos para conhecer o que seja ´ Infelicidade´ .....

De toda maneira se seu conceito de ´felicidade´foi algo mais simples, banal e comum, não é de todo impossível que seja algo tanto pode ser comprado pelo dinheiro quanto onde figura dispensável ter o vil metal. Repito : Tudo dependerá do que julga ser ´felicidade´.

Quanto aos artistas, músicos e escritores serem pertencente da espécie do gênero dos seres ´vagabundo desligados da vida´, figura fácil concluir que ao menos os artistas, músicos e escritores realmente geniais precisam e muito de serem dedicados naquilo que fazem, porém é forçoso constatar que neste ramo viceja espaço para que prospere toda uma raça de medíocres onde o oficio de artista, músico e escrito que escolhem é um detalhe secundário para expressarem sua natural leniência.

3 Comments:

Anonymous Anônimo said...

músicos, escritores, são todos vagabundos desligados da vida?´

tsc tsc

11:43 AM  
Anonymous Anônimo said...

Mefisto,

Gostaria de perguntar a vc qual a sua opinião sobre a doença do século: a depressão, que atinge milhares de pessoas que talvez caem em depressão justamente em busca dessa tal felicidade que a gente sabe muito bem que não existe.
Vc acha que algum dia o ser humano vai estar satisfeito com aquilo que ele tem ou é?

bjs Grazzi

12:28 PM  
Blogger Améthysta Eleúthera Kunoloverna said...

Tb queria saber sobre oq a Grazzi perguntou...
Abs.

1:53 PM  

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