Santos e Demônios

Indaga o leitor Hunt, amigo dileto de longa data de Mefisto e companheiro de andanças na seara faustina : ´´Os homens nascem bons ou maus? ´´ Com um olhar perdido e um ar de devaneio Mefisto pára e responde sem aviso o seguinte :

´ Em verdade vos digo que não há para a Humanidade nada além do que o exato ou o falso já que o Bem e o Mal são valores absolutos demais para terem lugar na tosca e limitada existência humana.

Compreendas que assim os homens não nascem nem bons e tampouco maus, representando seus acertos e erros ao longo da vida se muito como ´ acidentes´ de percurso em sua luta pela sobrevivência.

Muito casualmente estes atos humanos identificados pelos desavisados como sendo ´boa ações´ ou vilipendiados como ´más ações´ até que podem ser confundidos como atitudes cometidas na esfera do Bem Absoluto ou mesmo até do Mal Absoluto, só que tudo não passa de uma mera coincidência.

Ah, sem dúvida os humanos pensam que são grande coisa e até inventam suas ´ historinhas ´ para dar amparo as suas crenças descabidas de superioridade diante dos demais seres vivos que os circundam, porém, em comparação as potestadades do Bem e do Mal são como formigas sonhando que são elefantes !!

Apenas poucos eleitos entre vários humanos dentre uma diminuta parcela marcada pela mão do destino atingem os pícaros da bondade pela santidade e outro tantos vão pelo caminho da redenção da maldade. Contudo, estes ´escolhidos´ ao atingirem este ponto cortam seus elos com o resto da Humanidade e pairam sobre ela como quase divindades seja benfazejas ou diabolicas.